sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Informações para VOCÊ que esteja querendo sair do armário ou quem sabe conhecer-se mais a fundo



A HOMOSSEXUALIDADE É UMA DOENÇA MENTAL OU UM PROBLEMA EMOCIONAL?

Nada disso. Psicólogos, psiquiatras e outros profissionais de saúde mental concordam que a homossexualidade não é enfermidade, doença mental ou problema emocional. Pesquisas científicas bastante objetivas realizadas nos últimos 35 anos mostram que a orientação sexual homossexual em si não está associada a problemas sociais ou emocionais. No passado, pensava-se que a homossexualidade fosse uma doença mental porque profissionais de saúde mental e a sociedade tinham informações preconceituosas a respeito da homossexualidade, já que a maioria dos estudos apenas envolviam lésbicas e homens gays neuróticos em tratamento psicoterápico. Quando os pesquisadores examinaram dados sobre pessoas gays que não se encontravam em terapia, constataram ser falsa a idéia de que a homossexualidade era uma doença.
Em 1973, a Associação Psiquiátrica Norte Americana (APA) confirmou a importância da nova pesquisa, retirando o termo homossexualismo do manual oficial que lista todas as doenças mentais e emocionais. Em 1975, a Associação de Psicologia Americana aprovou uma resolução apoiando esta decisão. As duas associações estimulam todos os profissionais de saúde mental a ajudarem a banir o estigma de doença mental que alguns profissionais e pessoas ainda associam à orientação sexual.
Desde a desclassificação da homossexualidade como doença mental, esta decisão foi subseqüentemente reafirmada por descobertas adicionais de outras áreas de pesquisa. Em 1984, a Associação Brasileira de Psiquiatria aprovou a seguinte resolução: "Considerando que a homossexualidade não implica prejuízo do raciocínio, estabilidade e confiabilidade ou aptidões sociais e vocacionais, opõem-se a toda discriminação e preconceito contra os homossexuais de ambos os sexos .
Em 1985, o Conselho Federal de Medicina e, em 1994, a Organização Mundial de Saúde excluíram definitivamente da classificação internacional de doenças o código 302. que até então rotulava a homossexualidade como "desvio e transtorno sexual".


POR QUE ASSUMIR É UM PROCESSO DIFÍCIL PARA ALGUMAS PESSOAS?

Em razão de falsos estereótipos e preconceitos injustos, o processo de assumir para homens gays e mulheres lésbicas pode ser um grande desafio e até provocar problemas emocionais. Lésbicas e gays freqüentemente sentem-se "diferentes ", "solitários", quando descobrem a sua atração pelo mesmo gênero. Eles também podem sentir medo de ser rejeitados pela família, amigos, colegas de trabalho e instituições religiosas, se realmente assumirem.

Além disso, os homossexuais são freqüentemente alvo de discriminações e violência. Esta ameaça de violência e discriminação é um grande obstáculo ao desenvolvimento pessoal de gays e lésbicas. Inúmeros jovens homossexuais sofrem agressões físicas e verbais de seus familiares, alguns são expulsos de suas próprias casas, outros são sumariamente rejeitados quando buscam trabalho. Uma grande parte vive sob forte tensão psicológica. É por isso que você que está se assumindo, ou está tomando conhecimento de sua verdadeira orientação sexual, deve ser esperto e não deixar que a doença dos outros (preconceito – homofobia) estrague a sua vida. Você tem a obrigação consigo próprio de ser muito, muito feliz.


POR QUE É IMPORTANTE PARA A SOCIEDADE ESTAR MELHOR EDUCADA A RESPEITO DA HOMOSSEXUALIDADE?

A educação de todas as pessoas em relação à orientação sexual e à homossexualidade tende a diminuir o preconceito antigay e lésbico. Informações precisas a respeito da homossexualidade são importantes especialmente para os jovens que lutam com a sua própria identidade sexual. Medos e tabus que obstaculizam a divulgação destas informações podem prejudicar a definição saudável da orientação sexual de uma pessoa. A livre orientação sexual é um direito humano fundamental!!


Fonte das informações:

Orientação Sexual e Homossexualidade
Texto original em inglês: S.J. Blommer, PFLAG/Denever
American Psychological Association
Adaptação: Marcelo Cerqueira